O santo contribuinte
- Vítor Carmona
- 27 de jan. de 2023
- 1 min de leitura
Num regime democrático, em que o Estado é por definição laico, deve o contribuinte financiar milhões para uma atividade ligada a uma determinada religião, independentemente de ser ou não maioritária?
A minha resposta é não.
Deve ser a sociedade civil que se revê nessa atividade a fazê-lo e não o erário público.

Créditos: Aqui há Futuro!
No meu caso particular, sendo evangélico, não entendo porque é que os meus impostos devem ir para a Jornada Mundial da Juventude da Igreja Católica, mesmo que se justifique com a reabilitação urbana de um terreno na zona oriental de Lisboa.
Se, por exemplo, um evento ligado ao Islão decidir organizar uma atividade similar (descontando as devidas diferenças) terá financiamento público? Existem milhares de muçulmanos em Portugal que são contribuintes. E se for um evento da religião Hinduísta? E se for evangélico? Duvido.
Quando em 2011 se organizou o mesmo evento em Espanha o financiamento foi inteiramente privado. Então, porque não seguimos o mesmo princípio?
Valha-nos Deus, que em Portugal o contribuinte é santo!
Vítor Carmona
Gestor de Pessoas
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