Os temas da atualidade são vários, mas importa abordar a urgente necessidade das cidades implementarem medidas de poupança na gestão dos recursos naturais, com especial destaque para a água.
Jardins sustentáveis. Créditos: Aqui há Futuro!
Na era da digitalização e das smart cities é urgente que os nossos autarcas olhem para todas as formas de poupança.
Muito embora 70% da superfície do nosso planeta seja ocupado por este bem precioso, apenas 2,5% da água existente no nosso planeta é doce, ou seja, água adequada para o consumo humano. E mesmo assim, destes 2,5%, apenas conseguimos aceder a 0.4%. Ou seja, a água é realmente um bem escasso e limitado.
Deste modo, é imperativo que este recurso tão importante e fundamental para a nossa vida seja utilizado com a maior contenção possível, e é por isso urgente que todos os municípios de Portugal analisem os vários estudos e propostas de poupança de água já elaborados por vários especialistas, e ponham em prática medidas a curto e médio prazo.
Utilizar os fundos do PRR para algumas destas medidas será seguramente um bom investimento, designadamente na instalação de sensores e tecnologia capazes de minimizar perdas desnecessárias.
Regar um jardim enquanto chove é talvez dos maiores desperdícios que podemos assistir numa cidade.
Outras medidas que visam a redução do consumo de água, passam também pela reutilização de águas tratadas em ETAR’s, ou na captação e armazenamento de água das chuvas em depósitos que posteriormente são tratadas para o seu consumo humano.
Aumentar a sustentabilidade ambiental é urgente e até pode parecer um passo simbólico, mas os municípios devem criar condições para que todas as regas de espaços verdes só funcionem quando as condições climatéricas assim o obrigarem.
A água é o bem mais precioso para a vida! O bem essencial! E é por isso que temos que dar o exemplo na sua gestão e administração em ambientes urbanos.
Pedro Fonseca
Arquiteto/Urbanista
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