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O poder local e as maiorias absolutas

Os executivos de gestão autárquica quando em poder absoluto têm, por norma, um efeito perverso no retorno efetivo para a população em termos de ‘boa’ gestão.


A agilidade que se ganha com as maiorias na gestão do dia-a-dia e até mesmo na implementação de políticas, mais arrojadas, deveria ser uma vantagem e não um problema.



E porque pode ser um problema? Porque quando gerem algo, com poder absoluto, alguns autarcas são tentados a decidir em livre-arbítrio e sem recurso a consensos, muitas vezes com graves prejuízos para a população. Ao invés, quando são obrigados a fazer trabalho de grupo e ouvir a oposição e todos os intervenientes políticos locais, isso leva-os a apresentar propostas com mais qualidade e maior retorno para os munícipes.


As boas políticas muitas vezes surgem deste brainstorming entre todos os agentes políticos que de facto pretendem uma solução para um qualquer problema que se quer ver resolvido. Acresce que, nesta discussão se podem envolver todos na solução, e todos podem dar um contributo efetivo. Com isso ganha a população e os seus verdadeiros interesses.


Importa, portanto, colocar a seguinte pergunta: deverá uma maioria absoluta ouvir todos os intervenientes?


Deve e tem a grande vantagem de, por vezes, ter como suas as decisões finais e com isso ganhos políticos nos médio e longo prazos. No entanto, por norma, acontece exatamente o contrário.


Nas autarquias é mais evidente esse alheamento pela opinião contrária e pela incapacidade de ouvir e solucionar os problemas básicos, porque os executivos escudam-se na sua maioria, considerando que com isso têm direito a total discricionariedade na ação política, e uma certeza inabalável de que estão a fazer uma boa gestão da coisa pública.


Hoje, muito graças às redes sociais, os munícipes percebem cada vez mais a influência que a autarquia tem nas suas vidas, e, com a transferência de competências, em várias áreas, do governo central para as autarquias locais, é e será cada vez mais importante a envolvência de todos na boa gestão dos dinheiros públicos, priorizando e gerando qualidade de vida para todos os munícipes!


Cada vez mais teremos de pensar em comunidade e para a comunidade! Para isso temos de estar TODOS envolvidos. Um futuro melhor está nas nossas mãos!

José Soares

Engenheiro/Empresário

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