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O imaginário professor português

"Se sabes, aprende; se já sabes, ensina." Um dos pensamentos de Confúcio (551- 479 a.C.), filósofo e pensador, considerado o melhor professor de todos os tempos.

Confúcio: o professor de todos os professores. Créditos: Fotografia National Geographic


Talvez alguns governantes do nosso tempo não percebam a importância do legado deixado por Confúcio... o de que os professores desempenham o papel mais importante da nossa sociedade.


É uma classe que está desvalorizada e deveria ser "a" prioridade de um governo:

- Motivar e formar recursos humanos;

- Modernizar meios físicos;

- Integrar a escola na comunidade, e;

- Investir em tecnologia!


No entanto, talvez o governo socialista de António Costa acredite que os professores em Portugal tenham um bom salário e que não seja necessário compensa-lo face à inflação. Talvez o Ministro João Costa acredite que as escolas têm professores para todos os alunos - quando a idade média dos professores em Portugal é de 49 anos, contrastando com os 44 anos de média da OCDE. Talvez António Costa não esteja a dar conta que ficamos com menos professores ano após ano... ou talvez ache que os auxiliares e assistentes técnicos também não têm nada a dizer!


Não, Sr. Primeiro Ministro, todos nós somos comunidade escolar!

Todos nós queremos uma escola pública de qualidade, enquanto pais e alunos.

Estamos todos descontentes com o rumo do ensino.


E agora a greve.

Depois de Lisboa, outros contornos se estão a construir. São mais 18 dias e por todos os distritos de Portugal!


E para defender os professores, quem é que temos?

São já uma série de organizações sindicais!

Estão todas no terreno: a S.TO.P., a Fenprof, a ASPL, a Pró-Ordem, o SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e a SPLIU.


Todas estas organizações têm propostas concretas para que o Ministério da Educação não fique em silêncio e dê voz às suas reivindicações.


E depois destas greves?

Será que o governo vai continuar a acreditar no imaginário professor português?

Será que vai ouvir as organizações sindicais e valorizar a sua condição profissional?


É que... sem os ensinamentos destes nossos "sábios da atualidade", a nossa sociedade empobrece e perdemos valor, não apenas nas relações sociais, morais e de sinceridade como tão bem Confúcio doutrinava, mas sobretudo nas reformas de que Portugal precisa.

Pedro Fonseca

(Professor que deixou de dar aulas por falta de condições)

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