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Credibilizar as instituições

O compromisso social-democrata


Dois mil e vinte e três começa exatamente como dois mil e vinte e dois havia acabado. Com um rol de polémicas, comportamentos eticamente reprováveis e demissões em catadupa no elenco governativo.


Desde o início do XXIII Governo Constitucional, há apenas nove meses, já se demitiram (ou foram demitidos) até ao fecho desta publicação, treze membros do Governo. Digo “à data” porque já se adivinha a décima quarta demissão, na figura da Ministra da Agricultura. E se duas destas saídas aconteceram por motivos de saúde, todas as outras resultaram de crassa incompetência política ou fortes suspeitas de ilícitos criminais.


À semelhança de outros momentos da história da nossa democracia, o Partido Socialista revela não ter a capacidade de estar ao comando do país nos momentos em que se exige uma maior competência e seriedade na governação e nos processos de tomada de decisão.

A seriedade e a ética na política, são elementos cruciais na construção da relação de confiança entre os vários stakeholders do sistema político, sem a qual nenhum regime democrático sobrevive.


Créditos: Aqui há Futuro!


Entretanto, assistimos à tentativa de criação de uma narrativa paralela e artificial, que aponta não para a falência do atual Governo, mas antes, para putativas fragilidades do maior partido da oposição.


Isto pelo simples facto de o PSD afirmar o óbvio: que cabe ao senhor Presidente da República a responsabilidade de avaliar se está assegurado o regular funcionamento das instituições, e ao Primeiro Ministro o bom-senso de perceber se reúne (ou não) condições de legitimidade política e autoridade moral para se manter em funções.


A haver uma nova crise política em Portugal, esta será sempre da exclusiva responsabilidade do PS e nunca do PSD!


Reconhecendo que há alguns aspetos a melhorar na estratégia que está a ser seguida pelo PSD, principalmente na área da comunicação, é fundamental que não hajam dúvidas: o Partido Social Democrata, quando for chamado a governar, estará (como sempre esteve) preparado para apresentar uma equipa competente e um programa eleitoral capaz de voltar a colocar Portugal na rota de convergência com a Europa.

O PSD, continuará determinado em honrar o compromisso assumido há quarenta e oito anos por Francisco Sá Carneiro e todos aqueles que presidiram à sua fundação.


Contribuir para o prestígio da República, para a credibilização das instituições democráticas, e trabalhar de forma séria e apaixonada na elaboração das reformas que Portugal tanto precisa para ultrapassar os constrangimentos estruturais que, diariamente, impactam negativamente a vida dos nossos concidadãos.


Só assim, e com o contributo de todos, conseguiremos ultrapassar os inúmeros desafios que se afiguram para o ano que agora começa.


Esta é a mensagem que temos que passar!

Este o compromisso social-democrata!

Fernando Santos

Politólogo




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