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Até os tolos se fartam de papas e bolos!

Não é necessária grande maturidade ou experiência para saber que na vida raramente os problemas se resolvem milagrosamente, que “de repente algo acontece e tudo se resolve” nunca ou pouquíssima probabilidade tem de ocorrer e, antes pelo contrário, muitas vezes essa inércia/inépcia está mesmo na origem dos mais graves e complicados problemas.

Mas a uma determinada força não existe sempre outra contrária? A um positivo não se opõe um negativo? Não há sempre um Ying para um Yang? Sem duvida que sim, mas sempre que um “acontecimento” per si provoca mudanças trata-se habitualmente de um acidente, o qual, na maioria das vezes, não é bom. Ou seja, o paralelismo entre força e sua oposição num “acontecimento” não é o seu resultado ser negativo ou positivo, mas tão simplesmente o facto de “acontecer” ou não.


Sendo o “acontecimento” um acidente, algo que ocorre pelo inesperado ou inusitado, advém da impreparação, da falta ou omissão, seja por ignorância ou negligencia. O seu oposto é o “não acontecimento”, ou inexistência de acidente, que resulta precisamente do bom e prévio cuidado, do rigor do planeamento, da preparação, do conhecimento, do saber fazer e querer fazer bem feito.

Portanto, se queremos mitigar a possibilidade de ocorrência de acidentes, deveremos ser previdentes, diligentes e tão inteligentes quanto possível nos nossos atos e ações, ou seja, e como dita a sabedoria popular, “não fiar na virgem e empurrar com a barriga” – ainda mais quando sabemos que basta tudo o que desconhecemos para que os acidentes teimem em ocorrer...

É humano seguir o caminho mais fácil e é mais fácil acreditar que os problemas se resolvem per si do que procurar resolve-los.


Nós, os Portugueses já tendemos exageradamente para acreditar em soluções milagrosas, tendo por isso sido vitimas ao longo da história do facilitismo e letargia intelectual a que nos auto-infligimos - entre o “nacional porreirismo”, o “isso passa, não vale a pena ralares-te” e o “é a vida” – que sustentam a nossa crónica incapacidade de ser previdentes, de planear, pensar e agir com inteligência, enfim, de nos governar!

Por isso é tão fácil a qualquer oportunista pouco escrupuloso governar-nos, iludindo com promessas, soluções milagrosas dos problemas, palavras ocas e ilusões o nosso crédulo povo e invariavelmente desiludindo, defraudando, prejudicando e não poucas vezes sacrificando ou agravando a nossa condição. Aos ataques dos mais eloquentes, estes “Des-governantes” defendem-se e justificam-se entre a trivialidade do mais fútil senso comum - “é mais complicado do que parece”, “falar é fácil” e “a conjuntura” - e a mentira, colocando o ónus nos seus predecessores e valorizando as migalhas que nos lançam por oposição aos “outros” que, segundo apregoam, nem isso fariam.


De acordo com Carl Sagan, uma triste lição da história da humanidade é que quando somos enganados por muito tempo, é-nos mais fácil refutar qualquer prova dessa fraude do que admitir o engano. Significa que a fraude nos apanhou e a verdade torna-se tão dolorosa que preferimos rejeita-la. Uma vez permitido à fraude poder sobre nós e sobre as nossas vidas, quase nunca ou dificilmente o recuperamos.


Temos de contrariar esta lição, perdemos mais de duas décadas de desenvolvimento, presos a sorrisos, migalhas e mentiras. Há espera de soluções milagrosas que nunca o foram, hipnotizados pela musica de uns quantos flautistas de Hamelin, junto dos quais de boa consciência nem por um minuto deixaríamos um filho ao cuidado, mas a quem confiamos a governação do nosso país, do legado dos nossos antepassados, da nossa vida presente e do futuro de todos os demais. Perdemos 20 Anos a viver numa fraude.


Devemos lembrar-nos que não há “Eles”, apenas “Nós” - quando apontamos para quem quer que seja, quatro dedos apontamos para nós - o desafio é, por isso, ganharmos consciência que apenas vivemos numa fraude porque deixámos - em 1974 mudámos radicalmente e hoje, cada vez mais, necessitamos novamente de o fazer!


Urge definir uma nova ordem que nos liberte da ilusão letárgica e danosa, comodamente falsa, em que nos enclausuramos.


Cientes da fraude em que vivemos e da história da humanidade, temos o dever e obrigação de fazer acontecer as mudanças necessárias de forma positiva e construtiva, pois sendo sempre inevitável, acontecerá mesmo que

descontroladamente, liderada pela fúria da injustiça e pela frustração, mergulhando-nos no caos. Apesar do resultado final ser o mesmo - uma nova ordem, uma sociedade melhor - o sofrimento para o atingir pelo descontrolo e sofrimento revelar-se-á demasiado penoso e traumático.

Por tudo isto e por todos nós, é que juntos e unidos na social-democracia que o PSD representa, podemos fazer acontecer, com serenidade e rigor as mudanças necessárias, desde logo começando por nós e depois progressivamente junto de todos os demais.


Só assim é justo edificar o Portugal que merecemos, que acreditamos ser mais e melhor para todos - orgulhoso do passado, resiliente no presente e prospero no futuro - agora é o momento!

"Tio Sam" - versão Aqui há Futuro!

O Tio Sam original, é símbolo que representa o patriotismo dos Estados Unidos da América.

Créditos: ilustração de James Flagg, 1917

Vitor Gandarela Vasques

CEO Co-Up | Business Activation

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